sexta-feira, 23 de abril de 2010

Piratas do Vale do Silício

Antônio Rômulo Bezerra de Sousa

O filme representa a evolução da microinformática e a difusão dos computadores a partir da década de setenta nos Estados Unidos da América, através da história de cinco personagens principais. São eles: Steve Jobs e Steve Wosniak, da Apple, e Bill Gates, Paul Allen e Steve Balmer, da Microsoft. É retratado nessa obra como esses, então alunos de Berkeley, buscaram vencer o monopólio de grandes empresas, como a IBM, na fabricação de computadores, bem como faz um relato de como esse processo de popularização da informática foi sentido pelas pessoas.

Naquela época, ainda não existiam máquinas de computação pessoal, o que se tinha eram computadores enormes que ocupavam grandes espaços. No entanto, já havia uma multidão inquieta para desfrutar desse tipo de tecnologia. Estimulados por esse espírito, Steve Jobs e Steve Wozniak uniram-se e com trabalhos realizados em uma garagem construíram um modelo rudimentar de circuitos que funcionava de maneira similar aos atuais microcomputadores (considerado o primeiro computador pessoal), o qual foi denominado de Apple.Com. Foi a partir daí que se revolucionou a informática. Nesse mesmo contexto, a Microsoft desenvolveu um software (o Microsoft Basic) ao contrário da Apple que trabalhava com hardware.

Esse protótipo obteve tanto êxito que seus criadores, Jobs e Wozniak, em 1977 fundaram a Apple Computer, uma empresa para aperfeiçoar o microcomputador Apple. A IBM, a Xerox e outras importantes empresas do ramo na época não se sentiram motivadas a investirem nesse empreendimento de desenvolver a revolucionária indústria de computadores pessoais. Com isso, a Apple conquistou espaço no mercado e, somente tempos após, essas grandes empresas empenharam-se para desenvolver computadores melhores que os produzidos por Jobs e Wozniak.

Na década de 1980, a IBM produziu a parte física do microcomputador (o hardware). No entanto, ela não dispunha de um sistema operacional que permitisse o seu funcionamento e dos demais programas a serem utilizados pelo computador pessoal. Seu líderes subestimaram o potencial dos softwares, pensado que o lucro viria dos computadores e não dos programas. É a partir de então que surge a Microsoft, empresa fundada por Bill Gates, a quem coube fornecer um sistema operacional que concretizasse os planos da IBM. Porém, na verdade a Microsoft não tinha nenhum projeto nesse sentido, mas descobriu o Q-DOS da Seattle Computer, o qual foi desenvolvido por grupo de universitários, o qual era um tipo de sistema operacional inacabado, com pouca capacidade de processamento e pouca memória, porém compatível com a máquina criada pela IBM.
Gates adquiriu os direitos autorais desse software por 50 mil dólares, e após algumas modificações, produziu o MS-DOS e o vendeu para a IBM, permitindo a produção do IBM PC em 1981. Nessa época, a Apple recebeu da Xerox dispositivos que proporcionaram às pessoas uma utilização mais fácil os computadores. Surge então o Macintosh e o Lisa, micros que se diferenciaram dos demais computadores pessoais por disporem exatamente dos recursos rejeitados pela Xerox, o mouse de dois botões e a interface gráfica, ou seja, ícones acionáveis pelo mouse e que executavam as tarefas.

Após isso, a IBM associou-se a Microsoft, para que ela passe produzir os softwares que integrariam o Macintosh. Bill Gates, através da Microsoft, passou a trabalhar para a Apple. No entanto, se apropriado indevidamente da tecnologia de interface gráfica da empresa de Jobs, criou o Windows, demonstrando assim, a traição como prática recorrente na evolução histórica da informática, tal como as ações de piratas, de onde decorre o título do filme. O Desfecho do filme aborda um pouco da vida pessoal de cada personagem. Gates tornando-se o homem mais rico do mundo; o retorno de Jobs a Apple, depois de seu desligamento, e a reconciliação com sua família; Wozniak passando a trabalhar como professor de informática para crianças.

Podem-se depreender alguns ensinamentos desse filme, tais como a determinação de pessoas em concretizar seus projetos; as diversidades na relação entre empregado, empregador e cliente; a perspectiva do mundo enquanto uma comunidade global e para a qual caminha o mercado e a disputa das empresas para conseguirem possuir a exclusividade de um dado produto e com isso dispor de vantagem competitiva, para dessa forma se firmaresm ou crescerem no mundo dos negócios.

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